Eu tenho melasma. Sempre tive muitas sardas no rosto. Mas, de uns tempos para cá percebi que as pintinhas estavam maiores, se espalhando, muito próximas e espelhadas de um lado e do outro da face. Até que a dermatologista explicou que era, na verdade, uma condição que leva ao surgimento de manchas mais escuras e sem formato definido na pele – o tal do melasma.
Geralmente, essas marcas são mais recorrentes em mulheres entre 20 e 50 anos e surgem em locais que estão mais expostos à luz solar, como mãos, rosto, braços e colo. Além de passar a usar protetor solar facial com cor três vezes por dia, comecei tratamentos como laser, peeling químico e microagulhamento com drug delivery.
Também fui atrás de qual seria a dieta ideal para tratar melasma, assim como me aprofundei nos alimentos que pioram a condição para que, assim, eu pudesse evitá-los.
O que é o melasma e porque aparece
De acordo com uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp), a estimativa é de que o melasma esteja presente entre 15% a 35% das mulheres brasileiras.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional do Estado de São Paulo (SBD-RESP), as causas mais comuns são:
- Genética;
- Exposição solar;
- Calor;
- Alterações hormonais.
Cada pessoa tem um ou mais gatilhos. Por isso, é sempre necessário procurar um profissional para entender qual é o seu caso. Para mim, foi um mix de genética (minha mãe tem melasma, mas ela desenvolveu só na menopausa, eu desenvolvi muito muito antes), com alterações hormonais (acredito que o estresse da pandemia tenha agravado as alterações hormonais que aceleraram a chegada do meu melasma).
Tratamento para melasma
Minha dermatologista explicou que o melasma não tem cura. Mas, é possível tratar as manchas para que elas sumam, diminuam ou para que fiquem controladas. Como disse, o meu tratamento foi uma combinação de procedimentos feitos no consultório, além do uso contínuo de protetor solar com cor.
Além disso, a alimentação também é essencial para tratar e prevenir essas manchas. É aí que a nutricionista pode te ajudar: ela vai identificar os gatilhos do seu melasma e, assim, desenvolver uma dieta que ajude a amenizar o aparecimento deles.
Eu logo percebi que apenas os tratamentos estéticos não iriam me ajudar. Pois, as manchas logo voltam (que tem melasma vai me entender que a gente fica para chorar quando o melasma reaparece).
Alimentos que melhoram o melasma (e os que pioram)
Mas, a parte boa! Sim, a alimentação como sempre salva, e alguns alimentos e nutrientes são essenciais para a saúde da pele, melhorando sua aparência em diferentes aspectos. Inclusive para as mulheres que, assim como eu, sofrem do bendito melasma.
Pensando no meu caso, desenvolvi um protocolo que diminuísse a possibilidade de inflamação da pele, combinado com alimentos e nutrientes pró-saúde hormonal. Funciona mais ou menos assim: alguns alimentos como soja, ervilha, tofu e aveia contribuem para o aumento na produção do hormônio estrogênio, o que potencializa o aparecimento do melasma.
Da mesma maneira, alimentos de alto índice glicêmico e que aumentam os processos inflamatórios do corpo, como açúcar, frituras, processados e industrializados em geral deixam o organismo mais inflamado, o que pode ser gatilho do agravamento da condição.
Portanto, o ideal é evitar o excesso de consumo desses alimentos que eu citei.
Dieta ideal para quem tem melasma
No meu protocolo de melasma eu priorizei uma dieta rica em nutrientes e compostos bioativos antioxidantes, anti-inflamatórios e com ação fotoprotetora. Ou seja, fontes de folato, flavonoides, vitaminas A,C,E (antioxidantes), resveratrol, betacaroteno, licopeno, luteína e selênio. Mas nutri, quais alimentos são esses? Cito aqui alguns:
- Alimentos ricos em folato: quiabo, espinafre, abacate;
- Alimentos ricos em betacaroteno: couve, cenoura, acerola, abóbora, melão, brócolis, por exemplo;
- Antioxidantes: azeite, frutas vermelhas, frutas cítricas;
- Anti-inflamatórios: peixes, gengibre, cúrcuma, tomate orgânico, alho, pimenta, maracujá, romã, frutas vermelhas;
- Alimentos com licopeno: tomate, goiaba, melancia, mamão;
- Fontes de selênio: castanha, peixes, frutos do mar, ovo.
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Suplementos
Os suplementos mais indicados para tratar melasma (via oral) são as vitaminas A, C e E, Pycnogenol ( extrato obtido da casca do pinheiro francês), resveratrol, entre outros.
Lembrando que esse foi o protocolo que eu desenvolvi para tratar o meu melasma. E, como cada pessoa é única, procure uma nutricionista para desenvolver um tratamento especializado para as suas necessidades, ok?
E você? Sofre de melasma? Quer dar um fim nele? Agende já sua consulta presencial ou online e obtenha a orientação nutricional adequada para atingir suas metas.