Alimentação para hipotireoidismo: o que comer e o que evitar

Alimentação para hipotireoidismo

Já comentei por aqui e no instagram que os hormônios tireoidianos baixos desaceleram o metabolismo. Bem, hoje quero me aprofundar no tema hipotireoidismo ou baixos níveis de tireoide. Como o que comemos afeta a tireoide? Qual deve ser a alimentação para hipotireoidismo?

Como sempre, antes de passarmos para como deve ser a alimentação para hipotireoidismo, vamos dar uma olhada no hipotireoidismo e no papel da tireoide no corpo.

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​​O que a tireoide faz?

A glândula tireoide está localizada no pescoço e produz hormônios que são importantes em vários processos metabólicos. Não apenas no peso, mas também na temperatura corporal, frequência cardíaca e pressão arterial.

Assim, a tireoide usa iodo, um mineral que obtemos dos alimentos, para produzir dois hormônios principais T3 e T4. Esse processo é desencadeado por outro hormônio liberado pelo seu cérebro chamado hormônio estimulador da tireoide (ou TSH), há também outro hormônio responsável pela liberação do TSH. Mas, o que é importante que você saiba é que cada célula necessita de hormônios da tireoide para funcionar.

O hipotireoidismo ocorre quando não há produção suficiente de hormônio tireoidiano. Isso pode ser devido ao ataque do corpo às células da tireoide (doenças autoimunes, como doença celíaca, diabetes tipo 1 ou tireoidite de Hashimoto), radioterapia na área da cabeça e pescoço, alguns medicamentos, incluindo lítio, que é usado para tratar condições psiquiátricas. 

Sintomas do hipotireoidismo

Os sintomas do hipotireoidismo incluem:

  • Fadiga;
  • Ganho de peso;
  • Intolerância ao frio;
  • Rosto inchado e pálido;
  • Dor muscular;
  • Constipação;
  • Dor de cabeça;
  • Memória fraca ou capacidade de atenção;
  • Depressão;
  • Cabelos e unhas quebradiços;

Alguns deles podem ser sintomas de inúmeras condições (por exemplo, dor de cabeça, prisão de ventre e fadiga). Portanto, é importante fazer um teste dos níveis de hormônio da tireoide para ter certeza.

Mas, pessoas com hipotireoidismo geralmente consideram a perda de peso muito desafiadora, principalmente sem a reposição do hormônio tireoidiano.

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Hipotireoidismo e fertilidade

Os hormônios tireoidianos baixos afetam TODAS as células do corpo. Ou seja, o que inclui o sistema reprodutivo. Assim, hormônios tireoidianos baixos podem impedir a liberação de óvulos e, portanto, nenhuma ovulação, problemas com a implantação devido à curta segunda metade do ciclo menstrual, níveis elevados de prolactina devido ao acúmulo de hormônios liberadores da tireoide a montante, criando irregularidade ou anovulação.

Assim,  mulheres que lutam contra a infertilidade têm uma prevalência mais elevada de hipotiroidismo, cerca de 24%, em comparação com a população em geral. 

Por isso, preciso dizer novamente: marque uma consulta para saber como anda sua tireoide. Especialmente se você está pensando em engravidar. 

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Alimentação para hipotireoidismo: o que comer e o que evitar

No componente nutricional, quais nutrientes são uma preocupação real ou foram considerados úteis para a saúde da tireoide? Ou seja, como deve ser, de maneira ideal, a alimentação para hipotireoidismo? 

Iodo

A tireoide é responsável pela absorção de iodo e é um componente essencial dos hormônios da tireoide, T3 e T4. Assim, um adulto médio precisa de 150 microgramas (mcg) de iodo por dia.

Mas, no Brasil, todo sal marinho, seja refinado ou grosso, assim como o sal light, deve ser iodado. Além disso, podemos falar em outros alimentos, como:

  • Frutos do mar (especialmente ostras – 6 ostras fornecem 100% de suas necessidades diárias de iodo);
  • Salmão enlatado (1 lata pequena = 63 mcg);
  • Algas marinhas (Kombu Kelp tem a maior concentração, wakame seguido de nori);
  • Ovos (2 ovos = 19 mcg);
  • Ameixas secas (5 ameixas = 13 mcg).

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Selênio

O selênio é outro mineral encontrado principalmente no tecido da tireoide. É responsável pela formação de antioxidantes e pelo metabolismo dos hormônios tireoidianos.

Os estudos sugerem que a suplementação de selênio em pacientes com tireoidite autoimune (como a de Hashimoto) está associada à melhora da função tireoidiana.

A forma recomendada de suplementação de selênio é a forma orgânica. Mas, você deve sempre consultar uma nutricionista antes de iniciar qualquer tipo de suplemento.

A ingestão recomendada de selênio é de 60 microgramas por dia para mulheres adultas e 70 microgramas por dia para homens adultos.

Dito isso, onde é possível encontrar selênio e garantir a melhor alimentação para hipotireoidismo:

  • Castanha do Pará (apenas 1 castanha = 100% de suas necessidades diárias);
  • Atum;
  • Carne bovina;
  • Frango;
  • Queijo tipo cottage;
  • Ovos;
  • Arroz integral.

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Alimentação para Hipotireoidismo x glúten

Alimentos com glúten deve ser completamente evitado em caso de doença celíaca confirmada. Pois, pessoas com doença celíaca (uma condição auto-inflamatória autoimune) são mais propensas a ter anticorpos que atacam as células da tireoide, reduzindo os hormônios tireoidianos produzidos, resultando em hipotireoidismo. 

Dito isso, para esse tipo de paciente indica-se evitar alimentos ricos em sal, gorduras saturadas e carboidratos simples e limitar o consumo de soja e seus derivados, uma vez que interferem na atividade hormonal da tireoide.

Também vale dizer que algumas pessoas com hipotireoidismo têm intolerância ou sensibilidade ao glúten. Por isso, é indicado tirá-lo da dieta. Algumas pacientes com sensibilidade não celíaca ao glúten também relatam melhora nos sintomas do hipotireoidismo após parar de ingerir o bendito. 

Assim, a relação entre glúten e hipotireoidismo ainda é tema de debate e estudo na comunidade médica e científica. Mas, algumas pesquisas sugerem que pessoas com hipotireoidismo podem ter uma maior chance de ter sensibilidade ao glúten ou doença celíaca do que a população em geral. 

Agende uma consulta com uma nutricionista especialista em saúde da mulher

Quando a paciente descobre o quadro de hipotireoidismo é essencial que seja encaminhada para uma nutricionista. Pois, ela precisa seguir uma dieta equilibrada e bem planejada, de acordo com sinais, sintomas e interpretação de exames laboratoriais, como parte do tratamento para a condição. 

Cuidar da sua alimentação é fundamental em todas as fases da vida. Você tem hipotireoidismo? Sente que seu metabolismo desacelerou? Ou tem notado uma sensibilidade ao glúten? Agende já uma consulta de avaliação e receba orientações personalizadas. 

Como nutricionista especialista em saúde da mulher e reprodução humana, estou aqui para ajudar você nesse processo. Agende sua consulta comigo e vamos juntas construir uma jornada alimentar que traga mais bem-estar para você.

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